Blog do Paulus: Guia Definitivo sobre Luz Azul (Definitive guide about blue light)

Guia Definitivo sobre Luz Azul (Definitive guide about blue light)

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Enquanto isso, boa leitura!

"Tudo que você precisa saber sobre fadiga visual associada a exposição da luz azul e como as lentes de tecnologia Blue Light ajudam a reduzir o desconforto visual"

Matéria escrita por Paulus Maciel - Direitos Reservados.


1- Introdução

A tecnologia em lentes para óculos evoluiu muito de uns anos para cá, principalmente no que diz respeito a resistência a arranhões superficiais e maior facilidade de limpeza além dos designs digitais.

Uma dúvida sempre pairou no universo óptico. As lentes para óculos de fato auxiliam na redução da fadiga dos olhos? Essa dúvida começou a ser esclarecida com a chegada de uma nova abordagem, chamada de "Blue Light".

"Blue Light" é o nome genérico que se dá as tecnologias empregadas em lentes para óculos com o objetivo de controlar a "Luz Azul" seja ela natural, seja ela artificial com o objetivo de reduzir a fadiga ocular dos usuários estejam eles necessitando ou não de correção (grau). 

"Blue Light" é considerada a "esperada oportunidade" que as empresas do setor desejavam para apresentar ao consumidor final algo verdadeiramente novo para o seu bem estar e qualidade de vida. 

Infelizmente o marketing de quem oferece produtos "Blue Light" mais confunde do que esclarece e mais uma vez o Blog do Paulus se apresenta para resolver a informação definitivamente de forma isenta. 

2- A Luz
Propagação ondulatória da luz

Antes mesmo de explicar como as lentes da categoria "Blue Light" funcionam, precisamos compreender o conceito sobre "luz" e o que verdadeiramente é a "luz azul".

Luz é a porção visível por nós da enorme onda eletro magnética propagada por uma determinada fonte. Essa enorme onda eletro magnética possui seus intervalos medidos por uma unidade chama nanômetro (1mm dividido por 1.000.000) onde a porção visível, conhecida como espectro visível está entre 400 e 750 nanômetros.









As seis cores do espectro visível se apresentam na ordem do menor ao maior comprimento de onda (em nanômetros):

  1. Violeta: 400 a 450 nanômetros     
  2. Azul: 450 a 495 nanômetros*        
  3. Verde: 495 a 570 nanômetros       
  4. Amarelo: 570 a 590 nanômetros   
  5. Laranja: 590 a 620 nanômetros    
  6. Vermelho: 620 a 750 nanômetros 
*Devido ao comprimento de onda da cor violeta ser o menor do espectro, alguns especialistas ignoram a existência do violeta (conhecida como "The Fake Color") e incorporam sua faixa de onda a cor azul. Na abordagem Blue Light, azul e violeta serão tratados por aqui como apenas azul. Em suma, o azul é caracterizado pela faixa que vai dos 400 aos 495 nanômetros.


3- Percepção das Cores

O olho humano possui células fotorreceptoras chamadas "cones" responsáveis por captar em grupos as cores vermelho, verde e azul. Isso significa que o olho humano por si é sensível apenas as 3 cores mencionadas.  
Outro grupo de células fotorreceptoras chamado bastonetes é responsável por interpretar a gama de luminosidade (mais claro ou mais escuro).

















Você deve estar se perguntando: como nós "enxergamos" as outras cores do espectro visível?"

As cores violeta, ciano, amarelo e laranja são criações do nosso cérebro quando ele "mistura" as cores recebidas pelos cones da retina.

O comprimento de onda da cor violeta é tão curto que o "cone azul" praticamente não o percebe, tanto que a cor violeta percebida pelos humanos vem da criação do cérebro. Em suma, anúncios sobre lentes que controlem a luz violeta são desnecessários pois o controle efetivo está onde o cone percebe e transmite ao cérebro: o azul.


4 - Blue Light

A energia da cor do espectro visível que causa a fadiga ocular aumenta inversamente ao comprimento de onda, isso é, quanto maior o comprimento de onda menor a fadiga causada e quanto menor o comprimento maior será a energia da cor em provocar a fadiga ocular.













Estudos comprovaram que a energia responsável pela fadiga ocular está na faixa nanométrica que se encontra a luz azul.  As tecnologias "Blue Light" devem controlar a energia de uma faixa específica para de fato auxiliar na redução da fadiga ocular.

Diferentes comprimentos de onda da luz azul podem causar efeitos maléficos e benéficos nas pessoas, sendo que os comprimentos mais curtos são os que possuem maior energia e poder de dano:
  • 400 a 450nm podem causar doenças da retina a longo prazo (HEV)
  • 450 a 470nm causam a fadiga ocular a curto prazo                           
  • 470 a 495nm faixa inofensiva da luz azul                                           
Quando utilizamos lentes para óculos com a tecnologia Blue Light, precisamos estar cientes que toda a nossa imagem (não só a do computador) sob controle da luz azul ficará suave e com um leve tom amarelado. Ressalto que o suave tom amarelado que percebemos ao utilizar a tecnologia Blue Light é resultado da eficiência da lente em controlar a luz azul que causa a fadiga.

Observe o tom amarelado que a lente Blue Light gera no fundo branco da tela do computador. Trata-se da prova efetiva da eficiência da tecnologia.

























5- Fadiga Ocular

Fadiga ocular é quando o olho fica exposto a condições que podem afetar a saúde e o bem estar do indivíduo. Os sintomas principais são: dor de cabeça, ardor e lacrimejamento dos olhos além de visão embaçada em curtas distâncias. 

Cada tipo de fadiga ocular possui uma abordagem específica de tratamento, por isso é necessário que a fadiga ocular seja corretamente diagnosticada por um médico oftalmologista.

Familiares, amigos, profissionais ópticos e professores também podem ajudar na orientação pela busca do diagnóstico médico correto.

As lentes para óculos com tecnologia Blue Light foram projetadas para auxiliar na redução da fadiga ocular ocupacional, aquela provocada pelo uso prolongado de dispositivos digitais (computadores, tablets e smartphones). A luz azul emitida por essas ou outras fontes é a principal causa da fadiga ocular ocupacional.

6- Fadiga Noturna

Os sintomas da fadiga ocular são crescentes principalmente a noite, pois a utilização de dispositivos digitais neste período causa a chamada "fadiga noturna"

A fadiga noturna é caracterizada pela dificuldade que o organismo do indivíduo tem em aceitar o descanso através do sono. A mesma faixa de nanômetros da luz azul que causa a fadiga ocular, ou seja de 450 a 470 nanômetros, causa também a fadiga noturna cuja a consequencia é a dificuldade em "sentir sono" devido a supressão do hormônio Melatonina.

Em suma, a sua insônia pode estar diretamente relacionada ao uso de dispositivos digitais durante a noite. Caso a utilização dos dispositivos seja indispensável nesse período, a tecnologia Blue Light das lentes para óculos vai também lhe ajudar a dormir melhor.

7- Tecnologias Blue Light

Equipamento para aplicação do antirreflexo
Existem dois tipos de tecnologia para que as lentes de óculos alcancem a performance de controle da luz azul:

  1. Antirreflexo: a tecnologia antirreflexo possui controle "Blue Light" em sua fórmula.
  2. Monômero: o controle "Blue Light" é aplicado diretamente na resina da lente.
A maioria das pessoas conhece os antirreflexos Blue Light como Blue Control (Hoya), Drivesafe (Zeiss) e Crizal Prevencia (Essilor).

O controle Blue Light inserido ao antirreflexo gera cor e brilho residual mais fortes nas lentes, provocando efeito estético menos discreto se comparado a um antirreflexo convencional. A exceção de Zeiss Drivesafe (residual mais leve que os demais) muitos usuários também se queixam sobre a visualização de reflexos coloridos durante a condução noturna de veículos.

Eu tenho óculos com Blue Light aplicado ao tratamento antirreflexo das lentes. Observe seus residuais na foto abaixo.



















O controle Blue Light aplicado diretamente na resina é pouco conhecido pela maioria das pessoas porém são mais discretos pois não afetam a cor residual do antirreflexo. "HB Blue Light" é exemplo de produto com essa tecnologia.

8 - Eficiência das Tecnologias Blue Light

Conforme observamos no ítem 2 existem duas porções do comprimento de onda da luz azul que podem prejudicar os olhos:
  • 400 a 450nm podem causar doenças da retina a longo prazo
  • 450 a 470nm causam a fadiga ocular ocupacional e fadiga noturna curto prazo
Levando em consideração essa informação, as lentes Blue Light com maior eficiência devem controlar a luz azul até 470nm não mais do que isso pois de 470 a 495nm a luz azul é benéfica. 




















Caso a tecnologia Blue Light cubra uma faixa superior a  470nm ela deixa de controlar a luz azul e passa a filtrá-la por completo, tarefa essa que se atribui exclusivamente a filtros medicinais vendidos apenas por prescrição. O produto no caso perde seu objetivo já que o "controle" é para fadiga ocular (noturna também) e "filtro" é para quem está com doença da retina e não pode receber nenhuma faixa de azul.

Testes em óculos montados com lentes Blue Light de ambas as tecnologias foram executados por Blog do Paulus. A intenção é obter uma amostra da proteção que cada uma das marcas de lentes Blue Light podem oferecer aos consumidores.

Vamos trabalhar com a seguinte metodologia:
  • 1 caneta emissora de luz azul 
  • 1 lente fotossensível
  • 1 lente antirreflexo comum (lente teste)
  • 1 lente com a tecnologia Blue Light (lente teste)

























Uma lente fotossensível depende da alta energia do espectro para escurecer, portanto ao receber a luz da caneta, a lente ativará suas propriedades de escurecimento. Observe o vídeo abaixo:


O teste consiste em colocar tanto a lente antirreflexo comum quanto a Blue Light em frente a uma lente fotossensível. Quando a luz azul da caneta ultrapassar a "lente teste", a lente fotossensível que estiver atrás irá ou não escurecer.

Lentes com controle da luz azul quando recebem a alta energia da caneta não podem deixar a lente fotossensível escurecer. O Blog do Paulus irá testar a eficiência do controle da luz azul em lentes das seguintes marcas:
  • Zeiss Drivesafe Phtotofusion (Zeiss com fotossensível)
  • Blue Control Transitions (Hoya com fotossensível)
  • Crizal Prevencia Incolor (Essilor sem fotossensível)
  • HB Blue Light Incolor (HB Vision sem fotossensível)
Pergunta: "se a lente Blue Light também for fotossensível, o que vai acontecer?"
Resposta: "a luz azul irá escurecer a lente da frente mas não vai escurecer a de trás"

Vamos começar o teste com as lentes Blue Light fotossensíveis.

Zeiss Drivesafe Phtotofusion (Zeiss)




Blue Control Transitions (Hoya)



Vamos concluir o teste com as lentes Blue Light incolores (sem fotossensível).


Crizal Prevencia Incolor (Essilor)



HB Blue Light Incolor (HB Vision)




9 - Resumo
  • Estudos comprovam que a cor azul pode provocar fadiga ocular
  • "Blue Light" é o nome da tecnologia que controla a luz azul
  • O controle da luz azul para prevenir doenças na retina vai de 400 a 450nm
  • O controle da luz azul que auxilia na redução da fadiga ocular vai de 450 a 470mn
  • A faixa entre 450 e 470nm também causa fadiga noturna
    Paulus Maciel
  • O comprimento de onda da luz azul entre 470 e 495 é inofensivo
  • A maioria das marcas aplica "Blue Light" no antirreflexo
  • Algumas marcas aplicam "Blue Light" diretamente no material da lente
  • Enxergamos com "Blue Light" um suave tom amarelado nas imagens
  • A luz azul não está só nas telas de computador mas em todo o lugar
  • "Blue Light" não é só para quem tem fadiga mas para quem deseja conforto

10 - Considerações Finais

O objetivo desta matéria é mostrar tanto ao consumidor quanto ao profissional óptico que a tecnologia "Blue Light" é extremamente útil para quem é diagnosticado com fadiga ocular e fadiga noturna. A luz azul está em todo o lugar, portanto a tecnologia Blue Light é útil e confortável para todas as pessoas.

Existem inúmeras marcas de lentes com a tecnologia Blue Light. Espero que o Blog do Paulus através dos testes desta matéria tenha facilitado o seu processo de escolha.

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